O MUNICÍPIO
ORIGENS DE GUAXUPÉ
Pesquisa : Historiador Marcos David
Até o começo do século passado, o território em que se situa Guaxupé era mata virgem. As mais antigas referências dão conta de que somente em 1813 pés de homens civilizados pisaram a região que era habitada pelos primitivos
“Caminho das Abelhas”, significado indígena da palavra Guaxupé, é a versão mais aceita para a denominação que ficou até hoje. Tomou esse nome, por volta de 1814, o ribeirão e mais tarde o arraial , denominado Dores de Guaxupé. O documento mais antigo sobre posse de terras até agora conhecido tem a data de 28 de outubro de 1818: É uma escritura passada em Jacuí e pela qual João Martins Pereira e sua mulher Maria de Jesus do Nascimento vendiam a Antônio Gomes da Silva “terras de cultura de matos virgens e serrados”na paragem do Ribeirão do Peixe vertente para o Rio Pardo, junto a terras do próprio Gomes da Silva , que foi então ao que tudo indica, o segundo proprietário das terras em que depois surgiu a cidade .
Mais tarde, as terras foram transferidas a Paulo Carneiro Bastos , que doou 24 alqueires para a fundação da Capela de Nossa Senhora das Dores. Essa área era parte da Fazenda Nova Floresta , e nela em 1837, celebrou-se a primeira missa, num ato que pôde corresponder ao ato de fundação de Guaxupé. Paulo Carneiro Bastos, Francisco Ribeiro do Valle, o licenciado José Joaquim da Silva e o tenente Antônio Querubim de Rezende, são os nomes que os anais registram como fundadores de Guaxupé. A capela foi construída em 1839 e ao redor dela construíram-se as primeiras casas, exatamente no local onde está hoje a Avenida Conde Ribeiro do Valle , de onde derivava o “caminho de Santa Barbara das Canoas”, atual rua Barão. Por volta de 1850, o Arraial de Nossa Senhora das Dores de Guaxupé já contava com 180 casas, 07 ruas e engenhos. Em 1853 a povoação foi elevada a Distrito de Paz, na jurisdição de Jacuí e em 1856 criava-se a Paróquia de Nossa Senhora das Dores de Guaxupé, pertencente à Câmara Eclesiástica de Caconde, no bispado de São Paulo. Iniciou-se então a construção da nova igreja na atual praça Américo Costa. Francisco Ribeiro do Valle , ao falecer em 1860, 13 de abril, legou “quatrocentos mil réis” à Paróquia. Em 23 de junho de 18 54, o povoado foi elevado a Freguesia, no termo de Jacuí e Município de São Sebastião do Paraíso. O município de Guaxupé foi instigado pela lei 556, de 30 de agosto de 1911, com território desmembrado de Muzambinho, e instalado solenemente em 1º de junho de 1912 , data em que se comemora . Era uma conseqüência da grande expansão econômica que tomara vulto desde 1904, quando chegaram os trilhos da Mogiana. A Comarca foi criada em 1925, pela lei 879 de 25 de janeiro. Eis, pois, os traços essenciais da bela história de Guaxupé , a “Cidade das Abelhas “.
Fonte: Jornal Diário de São Paulo ( Ed. 16 /06/1962 )
GUAXUPÉ – ORIGEM DE SEU NOME
O nome de Guaxupé deriva da fauna de seu território.
GUAXE = uma das espécies de pássaro, – AXUPÉ = uma das espécies de abelha.
Daí o prefíxo GUA (de guaxe) uniu-se ao sufíxo XUPÉ (de axupé) = adveio GUAXUPÉ
No pavilhão municipal aparece dentro do brasão, o dístico
APICE APTA APIS
A ABELHA = cidade (apice) PRONTA (apta) PARA ATINGIR ALTURA (apis)
HINO A GUAXUPÉ
Letra: Jarbas Bayeux
Música: Vicente Prado
Há uma terra tão catita,
É tão linda e tem mil flores,
Essa terra tão bonita
Da Senhora Mãe das Dores.
Guaxupé que é tão formosa,
Guaxupé terra vibrante
Sua gente é valorosa
Que caminha sempre avante!
Aqui somos felizes
Aqui nós temos fé
Tuas tardes tem matizes
Oh! Querida Guaxupé.
Teu passado se reflete
No presente em que vivemos,
O futuro que promete
É glorioso, nos prevemos.
És a terra das abelhas
És a forja do trabalho
Espargindo mil centelhas
Canta e vibra o teu malho.
Aqui somos felizes
Aqui nós temos fé
Tuas tardes tem matizes
Oh! Querida Guaxupé
Fonte: www.guaxupe.mg.gov.br
LOCALIZAÇÃO | Sudoeste de Minas Gerais |
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ÁREA | 294 km² |
ALTITUDE | 849m |
TEMPERATURA MÉDIA ANUAL | 21,60º C |
ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO ANUAL | 1.200 mm |
POPULAÇÃO | 50.845 |
LIMITE AO NORTE | São Pedro da União |
LIMITE AO SUL | Tapiratiba |
LIMITE AO LESTE | Juruaia e Muzambinho |
LIMITE AO OESTE | Guaranésia |
ACESSOS | BR 491 – Rodovia do Café / MG 169 / MG 450 / SP 350 |
DISTÂNCIA DE SÃO PAULO | 282 km |
DISTÂNCIA DE CAMPINAS | 202 km |
DISTÂNCIA DE RIBEIRÃO PRETO | 164 km |
DISTÂNCIA DE BELO HORIZONTE | 478 km |
DISTÂNCIA DO RIO DE JANEIRO | 650 km |
DISTÂNCIA DE BRASI | 1.200 km |
CEP | 37800-000 |
DDD | 35 |
LATITUDE | 21:18:20 |
LONGITUDE | 46:42:45 |
Fonte: www.guaxupe.com.br
Agricultura e Pecuária
A economia de Guaxupé é baseada na atividade agrícola. A cidade possui mais de 200 propriedades rurais, sendo que o café o principal produto de cultivo.
A produção do café foi, e é tão importante que, como conseqüência, Guaxupé conta com uma imensa Cooperativa de Cafeicultores (Cooxupé), considerada a maior do mundo devido a estrutura que possui para atender o setor. Além da Cooxupé, podemos destacar a Exportadora de Café Guaxupé , que exporta o produto para vários países.
Por tradição geográfica, Guaxupé engloba-se na área de criação de gado bovino leiteiro, entretanto, no município se desenvolve também a criação de rebanhos suínos, eqüinos e galináceos.
Comércio
O comércio é bastante ativo, devido a atração que exerce sobre as cidades vizinhas, o que lhe dá o “status” de cidade central da micro região. A atividade comercial é exercida por mais de 2.400 estabelecimentos comerciais, de todos os portes, os quais atendem a todos os setores da vida humana.
Apresentação
Nossa cidade tem na sua arquitetura, predominantemente, traços marcantes da cultura trazida pelos imigrantes italianos. Este povo, que aqui entregou-se à execução de vários ofícios, trouxe do velho continente a beleza e o arrojo das construções romanas e influências da arte grega. É possível ver em Guaxupé, algumas destas construções: o prédio do antigo Hotel Cobra (onde está instalado hoje o Teatro Municipal); o Palácio da Justiça (antigo Fórum da Comarca e atual Câmara Municipal); o prédio da Prefeitura; a fachada da Cadeia Pública; alguns casarões do início do séc. XX; algumas sedes de fazendas em estilo colonial; e tantas outras edificações de estilos neoclássicos.
Uma das mais interessantes, curiosas e intrigantes construções, e que chama a atenção dos guaxupeanos por estar localizada no coração da cidade, é o Palácio das Águias (fotos abaixo). Se trata de uma construção edificada na década de 1930 por seu proprietário, “Fito” – imigrante italiano de origem austríaca. O Palácio das Águias, apesar de estar em ruínas, ainda é objeto de muita curiosidade por parte da população, tanto pela arquitetura eclética que apresenta, quanto pelas lendas urbanas que surgiram a seu respeito.
Para resgatar todas essas histórias e deixá-las de legado para as futuras gerações, foi criado, em 1997, o Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Guaxupé. Desde então, o CDMPHC vem desenvolvendo uma política de tombamentos, inventários, registros, educação patrimonial, preservação e localização de fontes históricas, sempre buscando o resgate de nossa memória histórica. O objetivo principal do trabalho realizado pelo Conselho é reforçar nossa identidade cultural, para que ela seja melhor conhecida, conservada e divulgada.
Historiadores Inácio Abrantes e Marcos David